O ex-médico Denísio Marcelo Caron foi condenado por um júri popular nesta quinta-feira em Goiânia (GO) a 13 anos de prisão em regime fechado. Os jurados o consideraram culpado da morte da oficial de justiça Flávia de Oliveira Rosa, 23 anos, ocorrida em março de 2001, em decorrência de complicações em uma cirurgia de lipoaspiração realizada por ele. Flávia morreu seis dias após ser operada, por ter sofrido uma perfuração no fígado.
Caron, que teve o registro de médico cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), é apontado como responsável pela morte de cinco mulheres em cirurgias no Distrito Federal e em Goiás, onde atuava como cirurgião plástico mesmo sem ter especialização na área. Já foi condenado por outros três casos, além da morte de Flávia Rosa. Tem também uma condenação e 29 acusações de lesão corporal, além de estelionato.
Segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Goiás, o júri foi convencido pela promotoria de que a morte de Flávia foi praticada por motivo torpe. "Há que ser salientado que o réu tinha plena consciência e convicção da sua falta de expertise", anotou o juiz Lourival Machado da Costa em sua sentença. "Tinha plena convicção que o resultado negativo poderia advir da sua falta de perícia para tanto", disse o magistrado. A defesa de Caron, porém, recorreu da condenação logo após a leitura da sentença e o ex-médico poderá aguardar em liberdade o julgamento do recurso.
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