Antônia e Fábio mostram a foto de Gabriel: alívio após ir à Justiça e garantir internação | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia
Antônia e Fábio mostram a foto de Gabriel: alívio após ir à Justiça e garantir internação | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia
A falta de leitos credenciados para CTI e UTI neonatal tem levado ao desespero defensores públicos, que já trabalham em ação civil pública para proibir operadoras de vender planos enquanto não aumentarem a rede credenciada. Eles querem que o convênio pague outro hospital privado se não tiver leito para oferecer. Em todo o estado do Rio, 6.032.586 pessoas têm plano de saúde.

Aos 40 dias de vida, Gabriel Gonçalves, que tem plano, só conseguiu ser internado na UTI depois que seu pai, Fábio Gonçalves, buscou o plantão judiciário. “Fiz o plano dele num dia. No seguinte, ele começou a ter dificuldade de respirar. Levei num hospital público porque achei que era só nebulização. Mas ele piorou muito. A operadora disse que tinha carência. Mas a médica da rede pública me orientou a buscar a Justiça”, contou Fábio. Após entrarem com a ação, o bebê foi hospitalizado.

“A impressão é que os planos estão comercializando produtos, mas não estão fazendo com que o crescimento da rede credenciada seja compatível com a malha de associados”, disse o defensor público Fábio Schwartz. “Estamos levantando os casos para entrar com ação contra as operadoras”.