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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Consumidores reclamam de planos de saúde coletivos em São Carlos, SP

Alternativa é mais barata, mas reajuste pode ser maior que plano individual. Segundo instituto, aumentos chegam a 80% e são considerados abusivos.


Fisioterapeuta de São Carlos teve reajuste de 11% em plano de saúde (Foto: Felipe Lazzarotto/EPTV)Consumidores da região de São Carlos (SP) procuram órgãos de defesa e a Justiça para reclamar dos planos de saúde coletivos. Vinculada a empresas, associações profissionais ou a um grupo alternativo, essa alternativa é mais barata, mas esses planos não possuem teto para reajuste e podem aumentar mais que os convencionais. A Agência Nacional de Saúde (ANS) informou que não pretende regulamentar o reajuste dos planos de saúde coletivos, porque poderia prejudicar o poder de negociação entre as partes.

Uma pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor revelou que nos casos julgados pelos tribunais a média de reajustes das operadoras de planos de saúde era de 80%. Quatro em cada cinco decisões entenderam que os aumentos eram abusivos e, em muitas sentenças, a Justiça decidiu que o reajuste deveria ser o mesmo que a ANS determinou para os planos individuais, que é de 8%.
O fisioterapeuta César Denari contratou no começo deste ano um plano de saúde coletivo por meio da associação de fisioterapeutas, da qual faz parte. No início, pagava R$ 164,67 e tinha pesquisado que o plano individual ficava em torno de R$ 230. Após cinco meses, recebeu uma carta do plano que contratou com um reajuste de 11% e o valor passou para R$ 183.

“Eu fiquei um pouco assustado porque esse aumento foi um pouco maior que o aumento do meu salário, eu optei por não fazer o individual por causa disso”, disse Denari. O fisioterapeuta tem medo que novos aumentos possam surgir. “No ano que vem teremos um novo aumento e quem sabe não é melhor estudar um pouquinho e fazer outras opções”, afirmou.

Segundo o diretor do Procon de São Carlos, Joner José Nery, os grupos pequenos são os que mais sofrem com os reajustes. “Eles não têm o poder de barganha que uma empresa que contrata o plano coletivo, por exemplo, tem”, afirmou.




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