Para que os médicos possam cobrar um valor adicional pelo parto,
operadoras de plano de saúde deverão mudar os contratos com os
obstetras. É o que determina parecer divulgado nesta quarta-feira (16)
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A ANS entende que as operadoras de plano de saúde devem
reformular os contratos com os médicos deixando claro o serviço para
qual o profissional está contratado, pré-natal ou pré-natal e parto, e
devem deixar essas informações bem claras para as beneficiárias.
A agência alega que as beneficiárias de planos de saúde
têm direito a todos os procedimentos da segmentação obstétrica descritos
no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que determina a cobertura
mínima obrigatória da atenção à
saúde nos planos privados, sem nenhum
gasto além do previsto no contrato.
Em novembro de 2012, o Conselho Federal de Medicina
emitiu parecer no qual considera ético o médico obstetra cobrar pelo
acompanhamento do trabalho de parto de pacientes que são beneficiárias
de planos de saúde. O conselho alega que os profissionais conveniados
recebem apenas pelas consultas e pelo procedimento do parto, e não pelo
acompanhamento de parto. Para o conselho, caso a paciente não queira
pagar esse valor, ela pode fazer seu parto com um médico plantonista.
O conselho prevê que o acompanhamento do parto pode ser
fechado entre médico e paciente na primeira consulta, na qual o
profissional deve mostrar à paciente que o plano de saúde assegura a
cobertura obstétrica, mas não lhe dá o direito de fazer o parto com o
mesmo obstetra que fez o pré-natal.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-01-16/planos-de-saude-devem-mudar-contrato-para-medico-cobrar-adicional-por-parto.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário