Em nota, a Abramge diz ter tomado conhecimento da divulgação da
segunda lista de empresas operadoras de planos de saúde que tiveram seus
produtos suspensos pela ANS na manhã desta terça-feira (02) e que “deve
discutir com suas associadas sobre que medidas tomar frente a esta nova
ingerência na comercialização de produtos em empresas que lutam para
manter o atendimento em alto nível, inclusive com a comercialização de
novos planos e está sendo cerceada desta liberdade”.
A entidade também criticou o que chamou de falta de
clareza na decisão da ANS. “Novamente, não está claro todo o processo de
análise e decisão de se punir esta ou aquela operadora por não prestar
determinado atendimento.
Não foram respondidas perguntas pertinentes
como: quantos atrasos foram registrados, em quanto tempo e para que
volume de atendimento em cada operadora penalizada?”, diz a nota.
Segundo a associação, o setor privado de saúde brasileiro
atende a mais de 48 milhões de pessoas e realiza anualmente um total de
890,3 milhões de procedimentos, dos quais 254 milhões são relativos a
consultas médicas; 517 milhões a exames complementares; 75 milhões a
terapias; além de 38 milhões de outros atendimentos ambulatoriais e 6,3
milhões de internações.
“Se compararmos o total de atendimento com o relatório
anual de todos os Procons do Brasil, as reclamações contra planos de
saúde são de duas reclamações para cada 100 mil procedimentos”.
De acordo com a decisão anunciada hoje pela ANS, a partir
da próxima sexta-feira (5), 301 planos de saúdeadministrados por 38
operadoras estarão proibidos de serem comercializados em todo o Brasil.
Segundo a ANS, a venda dos planos ficará suspensa até que as empresas se
adequem à Resolução 259, que determina prazos máximos para a marcação
de consultas, exames e cirurgias.
Levantamento do órgão indica ainda que, entre julho e
setembro deste ano, foram registradas mais de 10 mil reclamações por
parte de usuários de planos de saúde referentes ao não cumprimento dos
prazos estabelecidos.
As informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar
indicam que das 1.006 operadoras médico-hospitalares existentes no país,
241 receberam pelo menos uma queixa. Destas, 38 se encaixam na maior
faixa de reprovação (nota 4), com indicador de reclamação 75% acima da
média estipulada.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-10-02/associacao-medicina-de-grupo-considera-decisao-da-ans-ingerencia-no-setor.html
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