A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
divulgou, nessa quinta-feira (10), durante entrevista coletiva no
Ministério da Saúde, em Brasília, a proibição da comercialização de 225
planos de saúde, administrados por 28 operadoras, em todo o país, a
partir da próxima semana e a pena se estende até março de 2013. No o
último semestre de 2012 foram registradas aproximadamente 13 mil
reclamações contra diversas operadoras que descumpriram a Resolução Normativa 259 da ANS, que determina prazos máximos para consultas, exames e cirurgias.
Durante a coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o
diretor-presidente da ANS, André Longo, fizeram o balanço do primeiro
ano do ciclo de monitoramento, que teve início em dezembro de 2011. A
medida é resultado da avaliação sobre o acesso e a qualidade dos
serviços prestados pelas operadoras que não se adequaram aos critérios
estabelecidos, e tem como objetivo reforçar a proteção ao consumidor.
Esses planos atingem 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a 4% dos beneficiários de operadoras médico-hospitalares no Brasil.
Esses planos atingem 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a 4% dos beneficiários de operadoras médico-hospitalares no Brasil.
“As multas e as medidas administrativas aplicadas muitas vezes
demoravam pra ter um efeito rápido para o usuário. A suspensão proíbe
que o plano continue incorporando mais clientes e vendendo para mais
pessoas enquanto ele não apresentar um atendimento adequado para aquelas
que já tem um plano de saúde”, explica Padilha.
O ministro também ressaltou que os usuários dos planos de saúde que
foram suspensos não terão os direitos violados. O que está suspenso aos
planos é a incorporação de novos clientes, enquanto os prazos da ANS não
forem cumpridos. A intenção é de que a medida pese no bolso das
operadoras. “O acompanhamento junto às operadoras de planos de saúde é
contínuo e a divulgação dos dados apurados é feita pela ANS a cada três
meses”, ressaltou o diretor-presidente da ANS, André Longo. As
operadoras que não cumprem os prazos estão sujeitas a multas de R$ 80
mil a R$ 100 mil para situações de urgência e emergência.
Novidade – Em 2013 haverá a ampliação do
monitoramento da ANS. Antes só eram contabilizadas as reclamações feitas
sobre o prazo de atendimento. A partir de agora será incorporada a
negativa de atendimento, como problemas com procedimento que não pôde
ser feito, período de carência, entre outros itens que ferem o direito
do consumidor. Esses casos passarão a ter peso para o monitoramento.
Punições – Das 38 operadoras que tiveram planos
suspensos em outubro do ano passado, 18 melhoraram os resultados e
voltarão a comercializar 45 produtos. As 16 operadoras reincidentes, que
não vêm cumprindo os critérios estabelecidos na resolução, serão
indicadas para a abertura de processo do regime especial de
direção-técnica para que sejam corrigidas as anormalidades
administrativas e assistenciais graves. Contudo, as operadoras ainda
podem aderir a um plano de recuperação. Ou seja, as outras 12 operadoras
que serão suspensas deverão assinar um Termo de Compromisso visando à
redução no número de reclamações.
http://www.blog.saude.gov.br/ans-suspende-225-planos-de-saude-de-28-operadoras/
Nenhum comentário:
Postar um comentário