A 5ª Câmara de Direito Civil do Tribunal Judiciário fixou em R$ 5 mil os danos morais a serem pagos pelo Hospital Hospital Nossa Senhora dos Prazeres de Lages para uma paciente que caiu da maca enquanto estava anestesiada. A paciente Rita de Cássia dos Santos, de 49 anos de idade, caiu quando estava sob anestesia geral para realizar uma cirurgia de hernia no dia 6 de outubro de 2010. Segundo ela, teve edemas na face direita e no joelho.
Rita relatou que nem ela nem seus familiares foram informados do acidente, e que descorbriu o fato somente depois de receber alta do hospital, quando observou os hematomas e sentiu fortes dores de cabeça. Ela conseguiu esclarecer a situação depois de acessar seu prontuário médico e conversar com funcionários da instituição.
"Cerca de uma semana depois da cirurgia eu ainda estava sentindo dores fortes. Já tinha achado o processo pós-operatório estranho, porque me deixaram mais de 24 horas em uma sala isolada. Foi então que resolvi ir até o hospital, e conversei com o diretor. Ele chamou o enfermeiro-chefe, que confessou que eles me derrubaram da maca antes da operação. Para mim, ficou evidente que eles quiseram acobertar o acidente. Fiz exame de corpo delito e outros procedimentos necessários para comprovar meus machucados. Quando voltei para o hospital para investigar, eles estavam até assustados porque chegaram a fazer um raio-x da minha cabeça e perna. Resolvi então procurar meus direitos" alega Rita.
Ao analisar a apelação da autora, o desembargador que avaliou o caso, Odson Cardoso Filho, concluiu que o acidente não foi culpa da vítima, e que a paciente caiu da mesa cirúrgica durante o processo de entubação. O hospital, porém, sustentou o argumento de que a queda foi resultado de movimentos anormais da paciente - que estava inconsciente.
Rita perdeu o caso em primeira instância e recorreu, ganhando assim o processo em segunda instância, por unanimidade. Cabe ao hospital agora, caso queira, realizar recurso de apelação nos próximos 15 dias. Não foi possível contatar o diretor do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, Canísio Winkelmann, que dirige a instituição há mais de cinco anos, porque ele está em viagem a Brasília. Visto que somente ele pode responder pelo caso, até as 11h desta quarta-feira (5) o hospital não se pronunciou.
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