Os planos de saúde coparticipativos – aqueles que cobram uma mensalidade mais baixa, mas também uma taxa para cada consulta ou serviço utilizado – são uma opção econômica para quem dificilmente vai ao médico.
Mas, dependendo do tratamento de que precisar, o paciente pode acabar desembolsando um valor bem maior do que se tivesse um plano integral, de acordo com dados levantados pela Fundação Proteste e pelo blog Achados Econômicos.
Um caso extremo é o de quem tem um seguro individual do plano Medial 800, da Amil, e precisa de uma internação. Se tiver 30 anos de idade, por exemplo, o paciente, que já paga R$ 661 por mês, terá que arcar com mais R$ 1.500. Com isso, acaba desembolsando R$ 2.161,30 no mês (mais que o triplo da
mensalidade).
Se precisar, ainda, de uma consulta hospitalar (mais R$ 150), um exame especializado (R$ 120) e um procedimento especial (R$ 150), o valor total já supera R$ 2.500, quatro vezes mais do que a mensalidade.
Na mesma operadora, o plano o Blue 800, que é integral, custa R$ 1.260 por mês, para ficar no exemplo da pessoa de 30 anos. Para que o coparticipativo alcance esse valor sem internação, o cliente precisaria passar por três procedimentos especializados, além de uma consulta hospitalar em pronto-socorro.
Surpresas
As comparações mostram que o plano coparticipativo não é, necessariamente um mau negócio. O nosso paciente hipotético, uma pessoa de 30 anos com plano individual, gastará R$ 961 mensais se fizer, em média, uma consulta agendada (R$ 30), um exame especializado e um procedimento especial por mês. Ao final de um ano, terá desembolsado R$ 11.532, contra R$ 15.120 se o plano fosse o integral.
O problema do coparticipativo é a surpresa que o paciente pode ter se, de uma hora para outra, precisar de um tratamento mais caro. Para evitar um rombo repentino no orçamento, a dica da Fundação Proteste é que o cliente guarde todo mês, em aplicação segura, um valor equivalente a metade da mensalidade paga.
O importante é estar ciente de todas as taxas de coparticipação, antes de fechar o contrato. A Proteste fez uma pesquisa em diversos planos e destacou quatro operadoras: a Amil, maior do país, a Assim, dona da maior rede própria de hospitais e centros médicos no Rio de Janeiro, a Unimed Belo Horizonte.
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=78743
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